terça-feira, 30 de abril de 2013

Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante - 8ºB

Reconstituição do Percurso das Invasões Franceses em Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante - 8ºB

Hoje voltamos ao centro histórico de Amarante para fazermos a reconstituição do percurso das invasões francesas aqui no burgo, acompanhando a drª Teresa Paiva, técnica superior do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, entidade com quem, previamente, agendamos a visita de hoje, a primeira de três e que hoje contemplou o meu 8ºB. Será a última saída da escolinha, proporcionada por um acontecimento relevante passado em 1809 e que durou de 18 de abril, data da chegada das tropas francesas à vila de Amarante, a 2 de maio, data da transposição, pelas tropas napoleónicas, da Ponte de Amarante sobre o nosso amado Tâmega.
O tempo ajudou, só choveu durante a noite, e lá fomos nós brindados com tempo frio mas com algumas réstias de sol espreitando de quando em vez por entre as nuvens.
As tropas napoleónicas atacaram Amarante aquando da 2ª Invasão Francesa, comandada pelo marechal Soult que, entrando por Chaves, se dirigiram ao Porto que foi tomado e ocupado e onde se deu o desastroso episódio da Ponte das Barcas, em 29 de março de 1809 onde morreram muitos milhares de portugueses.
As tropas portuguesas que fizeram a heróica defesa de Amarante e defenderam com unhas e dentes a ponte foram ajudadas por militares ingleses e eram compostas por militares, população civil e até eclesiásticos e foi a este "exército", coordenado pelo General Silveira, que coube a difícil tarefa de enfrentar tropas muito mais numerosas e melhor apetrechadas, comandadas pelos generais Loison e Delaborde.
O exército napoleónico chegou vindo da Burgada, entrou em Santa Luzia no dia 18 de Abril e as escaramuças começaram logo ali, pelas imediações do Solar dos Magalhães, uma ruína desde então e hoje aberto propositadamente para nós, com os invasores a provocarem o sucessivo recuo dos resistentes portugueses ajudados pelo valoroso coronel Patrick que acabou ferido mortalmente. No dia 21 de Abril as tropas francesas desalojaram os portugueses do Convento de S. Gonçalo e estes refugiaram-se na margem esquerda do Tâmega, nomeadamente no Calvário de onde avistavam e controlavam as tropas inimigas que tentaram, por vários meios, até através da construção de uma ponte de cavaletes, passar a rio, sempre sem êxito até ao dia 2 de Maio.
O resto da história terá de ficar para depois, para próximo post que acompanhará a minha próxima investida à cidade acompanhada do meu 8ºC.
De referir que a visita englobou a passagem pela sacristia da Igreja de S. Gonçalo tendo acabado no museu onde nos esperava uma maqueta da vila de Amarante ao tempo das invasões que despertou o interesse de todos com os alunos que colocaram várias questões sobre uma Amarante que só em parte subsiste.

De notar que esta visita de estudo ficou ligeiramente prejudicada devido a uma matilha de cães vadios que circula já há tempos livremente pela cidade, já os tenho visto em S. Gonçalo, e que hoje se concentrava nas imediações do Solar dos Magalhães... acompanhando-nos com latidos e agitação variada o que provocou, por sua vez, alguma agitação nos alunos. Voltamos a encontrar alguns dos ditos cães perto da Igreja de S. Domingos onde um aluno quase sofria um ataque de uma fera... eheheh... felizmente minúscula...

Anabela Magalhães

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Centro de Recursos da Sala de História

Maqueta da Igreja de São João Baptista de Gatão
Fotografia de Antero Pereira

Centro de Recursos da Sala de História

Na semana passada, no dia 10 de abril de 2013, o Centro de Recursos da Sala de História foi enriquecido com uma oferta de três maquetas relativas ao Património Arquitetónico Amarantino. As três maquetas foram realizadas por alunos do 7ºano, do ano letivo de 2011/2012, sob a orientação do professor Antero Pereira, professor de Educação Visual (EV) na EB2,3 de Amarante, escola que nós, alunos do Clube de História, frequentamos.
As três maquetas que nos foram oferecidas representam monumentos históricos amarantinos, a saber:

- Igreja de S. Salvador de Lufrei, construída no século XIII;
- Igreja de São João Baptista de Gatão, construída no século XIII;
- Ponte Velha de Amarante ou Ponte de S.Gonçalo, construída no século XVIII, mais concretamente no ano de 1782, pelo arquiteto Carlos Amarante.

Esta postagem foi escrita por:

Carlos Andrade, nº 7;
Diogo Vaz, nº 10;
José Macedo, nº 13;
Pedro Esteves, nº 18. 

terça-feira, 2 de abril de 2013

O Barroco - A Aula do Professor Miguel Moreira

Igreja de S. Domingos - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
O Barroco - A Aula do Professor Miguel Moreira

É com imensa alegria que hoje publico a Aula do Professor Miguel Moreira subordinada ao tema "O Barroco". Sem mais.

O BARROCO
      Toda a expressão artística é reflexo das dinâmicas sociais e um produto mental e cultural da época histórica em que surge. O Barroco não é exceção. Iniciada nos finais do século XVI e desenvolvida ao longo dos séculos XVII e XVIII, a arte barroca surge num ambiente dominado pela consolidação das grandes monarquias absolutas, pelo movimento da contrarreforma da Igreja Católica e num mundo abalado por todo o tipo de guerras, epidemias e convulsões sociais. Neste contexto, o barroco é aproveitado tanto pelos monarcas absolutistas para valorizarem a sua imagem e ostentarem o seu poder, mandando construir imponentes e luxuosas cortes, como pela Igreja Católica empenhada em seduzir os crentes que, sobretudo nos países nórdicos, aderiam em massa ao protestantismo. A arte é, desta forma, instrumentalizada e manipulada, por papas e reis, com o objetivo de persuadir, deslumbrar e seduzir.
      Nascido em Itália, nos finais do século XVI, a partir de formas maneiristas, o Barroco rapidamente se espalhou a todos os países da Europa do sul, atingindo, também, as colónias espanholas e portuguesas da América Latina e do sul da Ásia.
      Roma, sede do Papado, representava, também, o triunfo do catolicismo face à Reforma Protestante. Com esse objetivo, o Papa Sisto V (1585-1590) criou uma cidade-espetáculo na qual a linguagem barroca respondia plenamente aos desígnios do poder papal e das orientações tridentinas. Com intervenções de arquitetos como Bernini e Barromini, as novas construções, distantes da ordem, do equilíbrio e da regularidade da composição renascentista, experimentavam jogos de massas e de espaços, formas onduladas e dinâmicas e uma decoração exuberante e cenográfica, com o único propósito de deslumbrar o observador e despertar-lhe fortes impactos emocionais.
      Apesar das diferentes interpretações que se verificaram nos diferentes países e regiões, determinadas por diferentes contextos políticos, religiosos e culturais, este estilo apresentou algumas características comuns. Assim, os arquitetos barrocos, entendendo o edifício de forma integrada, como se fosse uma grande escultura, única e indivisível, davam preferência às linhas curvas, em formas côncavas ou convexas, explorando os efeitos contrastantes de luz e de sombra, na procura do movimento e do infinito. Os portais, normalmente divididos por andares, com as suas colunas torsas ou pseudo-salomónicas, os contrastes entre cheios e vazios, os entablamentos interrompidos e irregulares, as imagens inseridas nos seus nichos, os frontões de linhas curvas e uma decoração exuberante, eram pensados e construídos no quadro de uma vivência e de uma sensibilidade vocacionadas para a teatralidade, capazes de atrair pelo olhar, de persuadir pela beleza, de emocionar e de envolver os fiéis.
      Mas foi nos interiores que o barroco mais impressionou. O Barroco, numa espécie de “horror pelo vazio”, cobriu os interiores de frescos, de telas, de mármores policromados, de esculturas, de retábulos e de talha dourada, contribuindo desta forma para a profusão da cor e para o prazer dos sentidos.
      Ora, foi precisamente a talha dourada a mais genuína e característica arte do Barroco em Portugal. Muito prolixa e exuberante, a talha revestiu altares, paredes, tetos, órgãos, púlpitos, cadeirais, balaustradas, arcos, frisos, cornijas, janelas e sanefas. A talha “forrou de ouro” as igrejas. E, “Se a Igreja é a imagem do Céu sobre a Terra, como não ornamenta-la com o que há de mais precioso?” pergunta René Huyghe, em “Sentido e Destino da Arte”.
      A talha dourada é uma técnica escultórica em que a madeira é esculpida e, posteriormente, revestida por uma fina película de ouro. A sua execução implicava a participação de vários artistas: o arquiteto, que fazia o desenho, o entalhador, que esculpia a madeira, o ensamblador, que preparava a madeira para receber o ouro e, por fim, o dourador, que aplicava o ouro.
      Depois de concluídas, as obras de talha dourada, sobretudo os retábulos, codificam uma linguagem simbólica e alegórica que ultrapassa a sua função meramente decorativa ou cenográfica e assumem um papel ativo na interação com o observador. Nesta pedagogia formal e cenográfica, o brilho e a cor do ouro desempenhavam um papel determinante, não só pelo seu impacto visual, mas especialmente pelo seu simbolismo, pois imprimiam essência divina ao espaço, numa espécie de prefiguração da esfera celestial. Um apelo mais aos meios de perceção sensorial, imaginativa e afetiva dos fiéis, do que às suas faculdades intelectuais, procurando, assim, através da eloquência das formas e das cores, envolver e persuadir sensorial e emocionalmente os fiéis, sobretudo as massas populares.
      Na evolução da talha portuguesa, podemos distinguir três fases:
      O Estilo Nacional, com retábulos compostos de uma tribuna com o seu trono piramidal, ladeado por colunas pseudo-salomónicas de fuste espiralado que sustentam arcos concêntricos. Como motivos ornamentais, quase de vulto perfeito, apresentam-se folhas de videira e cachos de uvas (alusão à Eucaristia), meninos e querubins, pequenos pássaros (fénix, símbolo da ressurreição) e folhas de acanto. Dos lados, a composição é rematada por pilastras, mísulas e outros elementos que enfatizam a estrutura retabular.
      O Estilo Joanino (a talha atinge o seu apogeu na época de D. João V), com retábulos mais elevados, baldaquinos que substituem os arcos concêntricos e colunas salomónicas. O trono mantém o lugar cimeiro, agora tratado com mais aparato. A decoração inclui novos elementos: grinaldas, palmas, conchas, medalhões, festões, volutas com cabeças de querubins e figuras angélicas ou alegóricas. Para o esquema teatral muito contribuem as imagens inseridas nos seus nichos, os atlantes na base dos retábulos, cortinados nos remates puxados por anjos, sanefas que coroam o arco cruzeiro.
      O Estilo Rocaille ou Rococó, termo de origem francesa que designava um tipo de ornamentação inspirada nas fontes e grutas artificiais dos jardins, baseada na imitação de rochas, conchas, flores e outros elementos naturais. Na talha, a sua linguagem decorativa é feita por formas flamejantes, folhas estilizadas, curvas e contracurvas, enlaçamentos de volutas, ornatos complicados e de grande requinte, inseridos num fundo com cores esbatidas a lembrar influências orientais.
      Mas o Barroco não foi apenas um estilo arquitetónico. Ele influenciou transversalmente todas as formas de expressão artística e cultural da sua época: a escultura, a pintura, o mobiliário, a literatura, a música, a dança…
      A escultura, associada à arquitetura ou à pintura, colocada isoladamente em praças e jardins, invadiu tudo, encontrando-se por todo o lado. Caracteriza-se pelo rigor da execução técnica, pela exploração das capacidades expressivas das personagens ou cenas, conseguida pela acentuação dos gestos e das expressões faciais e corporais, pela preferência de representações em movimento, pela utilização de panejamentos volumosos, agitados e decompostos, e pelo sentido cénico das obras.
      Tal como a arquitetura e a escultura, também a pintura teve como objetivo o deslumbramento, a surpresa, a encenação e a luz, integrando um “espetáculo” que se queria total. A pintura barroca jogou com as formas fluidas e ondulantes, aplicou um animado cromatismo e acentuou os contrastes de luz e sombra, aumentando a sensação de realismo. Acentuou, ainda, a sensação de profundidade, sobretudo com a técnica “trompe l’oeil”, aplicada em paredes e tetos, o que constitui uma das mais originais contribuições do Barroco.
      A literatura barroca dedicou um profundo cuidado à forma e ao virtuosismo linguístico no intuito de maravilhar e convencer o leitor, com o uso constante de figuras de linguagem e outros artifícios retóricos, como a metáfora, a elipse, a antítese, o paradoxo e a hipérbole, com grande atenção ao detalhe e à ornamentação como partes essenciais do discurso e como formas de demonstrar erudição e bom gosto.
      Expressão, por excelência, dos sentidos e das emoções intensas, foi na música, no teatro e na ópera que a cultura barroca alcançou todo o seu esplendor. O gosto pelo espetáculo, pela cenografia, pela sumptuosidade dos figurantes, pela associação da música com a dança, com o canto e com a representação dramática deram origem a um género musical tipicamente novo – a ópera.
      Concluindo, o Barroco foi, por excelência, uma arte de imagens, uma arte de cenografia, no qual todas as expressões artísticas concorrem para um único objetivo: produzir espetáculo.
Miguel Moreira, Abril de 2013
Nota - Agradecida, Miguel Moreira, por aceitares o meu desafio. O círculo está agora fechado.
Anabela Magalhães

História em Movimento - Ecos na Imprensa Local

 
História em Movimento - Ecos na Imprensa Local

A propósito de uma(s) aula(s), neste caso a primeira, da série subordinada ao Barroco, lecionada à turma do 8ºB.

Obrigada pelo destaque, João Pereira da Silva!

Anabela Magalhães

Nota - Para ler com mais conforto, clique sobre a imagem.

terça-feira, 26 de março de 2013

Clube de História - 23ª Sessão de Trabalho - Alunos

Acrópole de Atenas - Trabalho de Abel Aires
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Clube de História - 23ª Sessão de Trabalho - Alunos

"A imagem representa uma acrópole, uma das partes constituintes da cidade-estado grega.

A cidade-estado grega era composta por três partes distintas: a zona rural, a zona urbana e a acrópole. A acrópole situa-se na parte mais alta da cidade-estado, local reservado ao culto religioso que se pratica nos vários templos aí construídos e que aí estão concentrados.

Devido ao facto da acrópole se situar no ponto mais elevado e de ser muralhada este é o local da cidade-estado que serve de refúgio e de protecção aos seus habitantes, em caso de perigo e de ataque inimigo."

Abel Aires

Nota - Não sei a razão deste post ter ficado em rascunho... até hoje, dia em que saiu do limbo.
Agradecida, Abel Aires!

Anabela Magalhães

História em Movimento - A Aula do Barroco Vista pelos Alunos do 8ºC

História em Movimento - Visita de estudo/Aula - O Barroco
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
História em Movimento - A Aula do Barroco Vista pelos Alunos do 8ºC

"Na minha opinião esta foi uma das melhores aulas de história que eu já tive.
Adorei a forma de dar a aula, cativa muito mais os alunos. Foi muito interessante também pois estávamos rodeados pela matéria.
Aprendi várias coisas como por exemplo que a igreja de S. Domingos foi mandada construir pela Ordem Terceira de S. Domingos, que o elemento decorativo mais utilizado foi a talha dourada e uma coisa que eu nunca mais vou esquecer, que o órgão ibérico é o único que tem tubos na horizontal.
Foi muito interessante esta aproximação ao património local e ficamos a saber mais sobre a nossa pequena cidade cheia de história."

A M, 8ºC

"No dia 15 de março, eu e a minha turma do 8ºC, fomos à Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos, mais conhecida como Igreja de São Domingos.
Observamos, escutamos e eu li um excerto do "Sermão de Santo António aos Peixes". Vimos muita talha dourada, escultura, pintura, dois instrumentos musicais - órgãos - um dos quais do período barroco - e um ecrã tatil com várias fotos e informações sobre visitas disponíveis para quem quiser visitar a Igreja.
Por fim, a Professora Margarida Assis e o Professor Paulo Silva, ambos da nossa escola EB 2/3 de Amarante, tocaram e cantaram, respetivamente, a Avé Maria de Schubert. Esta, não sendo do estilo barroco, estilo que impulsionou esta visita, enquadrou-nos no estilo seguinte, o Romântico.
Por fim, e com sinceridade, queria acrescentar que não sabia que o Professor Paulo cantava assim tão bem. Agradeço também ao professor Miguel Moreira por nos ter ensinado mais acerca do estilo Barroco.
Aconselho a visita desta Igreja e de todas as outras do concelho de Amarante pois todas elas têm coisas únicas que vale a pena ver."

CA, 8ºC

"A aula do barroco foi muito interessante pois acho que serviu para aumentar o meu conhecimento relativamente à minha cidade natal .
O professor Miguel Moreira explicou tudo ao pormenor sobre a igreja de São Domingos ou de Nosso Senhor dos Aflitos.
Também visitamos a igreja de São Gonçalo onde o professor Paulo Silva deu-nos um espetáculo inesquecível com a música Avé Maria ....adorei, nunca pensei que iria ser tão divertido."
 
DM, 8ºC

"Eu gostei muito da visita de estudo, especialmente quando o meu colega foi proclamar o “Sermão de Santo António aos Peixes” ao púlpito.
O professor Miguel Moreira ajudou-nos a conhecer melhor a igreja e, depois da belíssima visita de estudo, fomos ao coro alto da igreja de S. Gonçalo para ver e ouvir a professora Margarida a tocar músicas barrocas no órgão barroco de S. Gonçalo e o professor Paulo Silva a cantar a música “Avé Maria” o que entusiasmou muita gente.
Podíamos ter algumas aulas como a que tivemos neste dia."

DV, 8ºC

"Eu gostei bastante da visita de estudo à Igreja de S. Domingos, por várias razões. Uma delas foi por visitarmos algo de muito importante na nossa cidade e que muitos ainda não conheciam, acompanhados da bela paisagem sobre o Rio Tâmega. Também gostei muito de ouvir o senhor professor falar, porque notava-se que se orgulhava do património amarantino e que nos estava a mostrar tudo com muito gosto.
Relativamente à teoria, entendi que o estilo Barroco resume-se ao excesso e à exuberância e traduz emoções, ao contrário do estilo Renascentista em que tudo é pensado em proporção ao Homem. No estilo Barroco usa-se muito a talha dourada como elemento decorativo entalhada com anjos, flores, volutas, anagramas, cornucópias, etc.
Para finalizar, gostaria de dizer que adorei o momento musical, e que a professora Margarida e o professor Paulo estão de parabéns! Temos de repetir!"

IM, 8ºC

Nota - Post em construção...

Anabela Magalhães

segunda-feira, 18 de março de 2013

História em Movimento - O Barroco - 8ºC

História em Movimento - Aula - O Barroco - 8ºC
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
História em Movimento - O Barroco - 8ºC

A visita de estudo do 8ºC, realizada no passado dia 15 de Março, último dia de aulas do 2º período, encerrou, com chave de ouro, o ciclo de visitas subordinadas ao tema "O Barroco".
Desta vez, sem transportes camarários, ocupados já devido a múltiplas solicitações entradas antes da minha, fomos a pé, acompanhados de um tempo um pouco frio mas fabuloso, de sol a inundar Amarante logo pela manhã.
Num instantinho chegámos ao destino onde o professor Miguel Moreira nos aguardava, à entrada da bela Igreja, implantada num sítio magnífico, com vistas privilegiadas sobre o burgo. A visita seguiu o guião de todas as outras, muito embora tenham sido todas diferentes, e da observação do exterior, mais rápida, passámos para a observação do interior, mais demorada e minuciosa, posteriormente para o Museu de Arte Sacra onde os alunos puderam observar pintura e escultura, depois fizemos a magnífica ligação, pela varanda, à Torre Sineira de S. Gonçalo e, depois de descer e subir, fomos aconchegar-nos no coro alto da principal, mais rica e mais conhecida igreja de Amarante, a Igreja de S. Gonçalo.
Aqui tivemos a oportunidade de escutar a Professora Margarida Assis a domar o órgão barroco ibérico, aprendi eu e eles, porque contém tubos horizontais, modalidade de órgão apenas existente na Península Ibérica.
Seguiu-se a emoção de poder escutar de novo a fabulosa voz do professor Paulo Silva... surpreendente para muitos dos alunos presentes que jamais o tinham escutado em tal registo.

E foi tempo de encerrarmos a atividade agradecendo a todos os presentes e a todos ausentes, e foram tantos os que contribuíram para que estas visitas fossem um verdadeiro êxito para todos quantos delas beneficiaram...
Voltarei aos agradecimentos para os elencar um a um, em postagem própria.

Anabela Magalhães

sexta-feira, 15 de março de 2013

História em Movimento - A Aula do Barroco vista pelos Alunos do 8ºD

O Barroco - Igreja de S. Domingos - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
História em Movimento - A Aula do Barroco Vista pelos Alunos do 8ºD

Com a devida autorização, partilho alguns depoimentos, particularmente expressivos e emocionados, dos alunos do 8ºD, sobre a visita de estudo/aula subordinada ao tema "O Barroco".

"Relativamente à aula do Barroco, adorei, acho que foi espetacular pois acho que serviu muito para aumentar os nossos conhecimentos.
Acho que podíamos ter mais aulas assim pois também acho que aprendemos  melhor daquela forma, pois é melhor do que estar na sala de aula.
Relativamente à música também adorei e adorei a forma como o professor cantou pois nunca pensei que cantasse daquela forma espantosa."

T B 8ºD

"Eu gostei muito da visita de estudo, sobretudo quando a S foi ler o "Sermão de Santo António aos peixes" ao púlpito.
O professor que nos deu a aula foi o professor Miguel Moreira que explicava quase tudo ao pormenor.
Depois da visita fomos tocar duas peças de música e depois de fazermos a nossa atuação, o professor Paulo Silva foi cantar a música "Avé Maria" que emocionou muita gente por causa da voz do professor.
Podíamos voltar a ter aulas destas."

S V, 8ºD

"Eu gostei muito da aula que demos na igreja de S. Domingos. Aprendi muito sobre o Barroco, vi coisas muito interessantes, gostei de tocar no coro da igreja de S. Gonçalo, no final. Gostei muito de ouvir o professor Paulo Silva a cantar e gostei muito da aula do professor Miguel Moreira."

M A, 8ºD

"Foi uma visita de estudo incrível em que ficamos a saber mais sobre a igreja de S. Domingos ou de Nosso Senhor dos Aflitos.
No início da visita de estudo estivemos a falar com o professor Miguel Moreira e sobre a igreja de S. Gonçalo.
Depois entramos na igreja de S. Domingos e vimos a sua decoração. (...)
Lemos um documento e tocamos duas músicas. No fim o professor Paulo Silva deu-nos um espetáculo inesquecível de que ninguém estava à espera.
Foi comovente para algumas pessoas que até choraram."

A P, 8ºD

"Eu adorei ir à igreja de S. Domingos.
Acho que mais aulas deveriam ser assim. Acho que aprendemos mais nestas visitas. É muito interessante vermos a matéria à nossa volta. Sempre que possível deveríamos ir porque não é tão aborrecido.
também gostei muito de ouvir a professora margarida e o professor Paulo. A nossa atuação também foi muito gira.
Quando li, fiquei muito nervosa e enganei-me algumas vezes mas acho que li bem.
A igreja era linda, eu fiquei muito impressionada, era tudo muito bonito. Devíamos fazer isto mais vezes.

A S, 8ºB

"A visita de estudo à igreja de S. Domingos foi impressionante, aprendi muitas coisas novas  e o professor Miguel Moreira explicou tudo muitíssimo bem."

Comentário anónimo...

"Eu gostei da visita de estudo e adorei muito quando o professor de música cantou a música "Avé Maria". Acho que as aulas poderiam ser todas com documentos "vivos" que podemos ver e que são daquele tempo e estão muito preservados.
Acho que estas atividades devem prosseguir para melhor esclarecermos dúvidas e sermos rodeados de história."

C, 8ºD

"Na aula do Barroco, gostei muito do modo como demos a aula, foi uma aula diferente e muitos interessante, uma aula dada numa igreja construída essencialmente com o estilo Barroco. Foi muito interessante termos a aula num local diferente e também gostei de tocarmos aquelas músicas barrocas e ouvir um professor da nossa escola a cantar. Gostava que este tipo de aula se repetisse mais vezes porque também é bom ficarmos a conhecer melhor a cidade de Amarante e neste caso foi a igreja de S. Domingos."

B M, 8ºD

"No dia 13 de março, realizou-se a visita de estudo à igreja de S. Domingos.
Foi fenomenal!
A viagem foi feita de autocarro, chegamos e o senhor professor Miguel Moreira já nos esperava. Descreveu-nos a igreja, a sua história, entrámos e observamos o seu interior muito decorado, inclusive com anjos.
Ouvimos o sermão que foi lido pela nossa colega S e após o sermão fomos para o museu e depois para o coro alto da igreja de S. Gonçalo, tocamos e depois tivemos o prazer de ouvir o senhor professor Paulo Silva. foi incrível! Aproveito também para lhe dar os meus parabéns pela sua incrível voz!
Foi uma aventura emocionante, agradeço a todos os colaboradores por esta experiência."

A, 8ºD

Anabela Magalhães

quinta-feira, 14 de março de 2013

História em Movimento - Aula do Barroco Vista pelos Alunos do 8ºB

Barroco - Igreja de S. Domingos - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
História em Movimento - Aula do Barroco Vista pelos Alunos do 8ºB

Com a devida autorização, partilho alguns depoimentos dos alunos do 8ºB sobre a visita de estudo/aula subordinada ao tema "O Barroco".

"Na minha opinião, esta foi uma aula interessante e divertida, não só por estarmos fora da sala de aula, como também pelo local onde tivemos a aula, Igreja de S. Domingos, pela forma como foi dada e pelo ambiente "criado" típico do Barroco.
Esta experiência foi interessante e enriquecedora pois fez-nos estar mais concentrados na aula e no período histórico do Barroco.
A minha sugestão para o próximo período é, sempre que possível, termos mais aulas deste género."

B P, 8ºB

"A aula sobre o Barroco do dia 12 de Março de 2013 ocorreu na igreja de S. Domingos e na Igreja do Mosteiro de S. Gonçalo com o professor Miguel Moreira e foi extremamente interessante pois todos os factos que aprendemos eram visíveis por toda a parte, devido a isso acho que deveríamos realizar mais aulas do mesmo género."

B C, 8ºB

"Achei uma ótima ideia ir à igreja de S. Domingos. Gostei imenso da passagem da igreja de S. Domingos para a igreja de S. Gonçalo.
Adorei a aula, o professor foi ótimo a explicar a matéria.
Simplesmente adorei!
Espero que se volte a repetir."

D T, 8ºB

"A Aula do Barroco foi fascinante, adorei pois fez-me refletir imenso e encarar a matéria de outro modo.
A ideia da Srª Professora foi fascinante, nunca tinha tido uma aula tão fascinante como esta."

G C, 8ºB

"A aula do Barroco foi certamente uma aula diferente e interessante.
Agora tenho um maior conhecimento sobre o Barroco e sobre a igreja de S. Domingos/Nosso Senhor dos Aflitos.
Adorei esta aula e penso que deveríamos fazer mais assim pois é uma forma de aprendermos de forma diferente e uma forma de aumentarmos a nossa cultura geral.
O professor que nos deu a aula foi muito simpático e deu-nos muito bem a aula.
Pessoalmente, adorei esta aula!"

I L, 8ºB

"A visita de estudo foi muito interessante, incentivou-me a tornar lá e a ver tudo novamente, gostei de aprender novas coisas sobre a igreja de S. Domingos e o Barroco.
Gostei de ficar a saber qual era o outro nome dado à igreja de S. Domingos que é Nosso Senhor dos Aflitos, qual foi o ano e o século em que se deu início à construção, qual é o estilo arquitetónico, qual o tipo de planta utilizado... como estas outras coisas muito interessantes."

J C, 8ºB

"Sobre esta aula adquiri muitos conhecimentos sobre o estilo barroco, conheci a igreja de S. Domingos onde nunca tinha ido, a aula foi muito interessante e diferente. Gostei muito da parte em que tocamos a peça e mais ainda quando a professora de música tocou no órgão e quando o professor Paulo cantou a música "Avé Maria".
Foi uma aula muito interessante e diferente."

T P, 8ºB

"Eu achei a aula do Barroco na igreja de S. Domingos muito interessante.
Gostei imenso e gostava que pudéssemos passar mais aulas assim como no dia 12 de Março pelas 10 horas.
Acho que foi um momento muito bonito e bem passado, todos juntos, os da nossa turma.
Vimos e fizemos coisas magníficas, fizemos uma passagem da Igreja de S. Domingos para a Igreja de S. Gonçalo, que eu adorei, e também gostei imenso de visitar a igreja de S. Domingos porque nunca tinha ido lá.
Espero que possamos ir lá mais vezes e que também possamos passar mais aulas assim."

L M, 8ºB

" A aula do Barroco realizada dia 12 foi muito construtiva a nível intelectual e interessante, visto que pudemos estar num sítio onde pudemos evidenciar as alterações do Renascimento para o Barroco e também acho que foi boa para desenvolver a disciplina de Educação Musical."

R M, 8ºB

"Eu penso que a aula do Barroco foi extremamente interessante, o professor Miguel conseguiu dar a aula sem ser monótona.
Fiquei deslumbrado com o Barroco, a talha dourada e os elementos decorativos a tentar cobrir a parede lisa.
Penso que deveríamos repetir esta aula com outro tema pois foi excelente. Obrigada prof. Anabela"

R C, 8ºB

Nota final - Propositadamente, deixei o comentário do agradecimento pela aula, à minha pessoa, para o fim.
Não tens de me agradecer, RC. A aula foi um conjugar de esforços e contribuições de tanta gente... mas de tanta gente... é certo que de gente que entende a Escola Pública de determinada forma, não enquistada, não fossilizada, que arrisca o erro, a falha e que, apesar disso, se move e vai em frente e se expõe à crítica.
Digamos que a aula resultou do esforço de pessoas corajosas.
Concordas?

Anabela Magalhães

quarta-feira, 13 de março de 2013

História em Movimento - O Barroco - 8ºD

História em Movimento - Aula - O Barroco - 8ºD 
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
História em Movimento - O Barroco - 8ºD

A aula seguiu exatamente a mesma estrutura da aula já lecionada ontem para o 8ºB. Contámos de novo com transporte camarário que rapidamente nos colocou na Igreja de S. Domingos mas, desta vez, S. Pedro revelar-se-ia nosso amigo dando-nos a sua ajuda, desde o início, para que a aula fosse de uma beleza sem fim... até ao fim...
O Largo de S. Gonçalo e toda a paisagem amarantina que se avista de S. Domingos estavam hoje encharcados de sol, coroados de nuvens branquinhas que caminhavam rápidas empurradas pelo vento. O Professor Miguel Moreira já nos aguardava e de novo apelou à observação, à contemplação, à importância do olhar e do ver... primeiro no exterior, depois no interior da pequena jóia barroca amarantina completamente desconhecida de tantos habitantes aqui do burgo e dos seus arredores, não me canso de o dizer. Uma lástima! Uma lástima que nós, professores/educadores, temos obrigação de reverter e alterar.
Não me vou repetir relativamente à postagem de ontem a não ser para de novo agradecer a aula sobre o Barroco, tão serena, uma inspiração do Professor Miguel Moreira que nunca me cansarei de enaltecer.
Agradeço também a impecável leitura, benzida... eheheh... à A S que, do púlpito, leu um excerto do Sermão de Santo António aos Peixes que escutámos com toda a atenção. A sua mensagem permanece anual.
E foi tempo de passarmos ao espaço museológico de S. Domingos para nos determos e vermos algumas peças de escultura e pintura barrocas presentes neste pequeno mas interessante museu.
Depois, tal como ontem, fizemos a passagem aventurosa para a Torre Sineira da Igreja de S. Gonçalo e fomos aconchegar-nos no seu interior, mais concretamente no seu Coro Alto de onde se abrange, com o olhar, quase todo o interior da bela Igreja de S. Gonçalo, igualmente com Barroco a rodos, afinal, o tema da nossa aula de hoje.
A Professora Margarida Assis brindou-nos de novo com o som magnífico, exuberante e cheio do órgão barroco desta igreja a que se seguiu o som libertado pelas flautas de bisel dos alunos do 8ºD, comandados pela batuta do Professor Paulo Silva e de novo acompanhados ao piano pela Professora Margarida Assis. Sons enérgicos. Rebuscados. Cheios. Determinados. Afinados. As flautas estiveram magníficas! Obrigada, Professora Margarida Assis! Obrigada Alunos Meus/Nossos.
E obrigada, Professor Paulo Silva, pelo momento final... romântico... de um Avé Maria de Schubert que emocionou todos os presentes.
Alguns alunos/alunas confidenciaram-me, enquanto se dirigiam para a camioneta... "Professora, até fiquei com a pele arrepiada!"... "Professora, até me deu vontade de chorar!"

Felizes os professores que conseguem emocionar e arrepiar os seus alunos. Porque as aulas também têm de ser feitas com esta massa de emoções à flor da pele.
Feliz Escola Pública que assim consegue congregar almas e dar as mãos num esforço comum e que foi/é de tantos!

Nota Final - Agradeço, reconhecida, a presença do Professor Cândido Gonçalves, da Professora Elisabete Costa e da nossa Diretora do Agrupamento, Professora Dina Sanches, sem dúvida importante para os alunos desta turma.

Anabela Magalhães

terça-feira, 12 de março de 2013

História em Movimento - O Barroco - 8ºB

História em Movimento - Aula - O Barroco - 8ºB
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
História em Movimento - O Barroco - 8ºB

A primeira turma a vivenciar esta aula tão diferente foi a minha turma do 8ºB, constituída por uma miudagem bastante heterogénea, hoje muito homogénea na pontualidade, todos os alunos cumpriram escrupulosamente o horário previsto sendo que eu lhes pedi para se concentrarem no portão da Escola logo que tocasse para fora, o que aconteceu, muito homogénea no interesse demonstrado durante toda a visita e muito homogénea no excelente comportamento evidenciado desde a hora da partida até à hora da chegada à EB 2/3 de Amarante.
Solicitei previamente transporte camarário pois o tempo por aqui não tem estado para brincadeiras, hoje já tivemos direito a alguns dilúvios, e lá fomos. A distância é curtíssima, cumpre-se com facilidade e à nossa espera, na Igreja de S. Domingos ou de Nosso Senhor dos Aflitos, tínhamos um professor feliz, o professor Miguel Moreira, que de novo voltou ao contacto com os "seus" alunos depois de um breve interregno desde a sua aposentação.
A primeira parte da aula fez-se na entrada altaneira de S. Domingos, absorvendo todo o Largo de S. Gonçalo, a sua Igreja de portal lateral aqui transformado em portal principal devido aos constrangimentos de um relevo acidentado e abrupto, onde estão presentes os estilos renascentista, maneirista e barroco, a Ponte Velha, o casario do Covelo, do Arquinho e da Madalena... lá mais ao longe terras de Padronelo... e a casario novo a subir as encostas... louco, desordenado...
E foi hora de dar meia volta... para entrarmos num pequeno templo católico, de planta centralizada, barroco por excelência e portanto de decoração exuberante, excessiva, luxuosa, rica, cheia, ondulante como tão bem nos explicou o nosso professor/cicerone por uma manhã... ou por parte dela... depois de enquadrar este estilo num contexto religioso de Reforma e Contra-Reforma e num contexto político de Absolutismo.
A talha dourada, possibilitada pela chegada abundante de ouro do Brasil, foi empregue profusamente na decoração interior da Igreja de S. Domingos e o "horror ao vazio", que tão bem caracteriza o Barroco, é aqui óbvio.
Depois de observarmos altares laterais, coro alto, altar-mor, depois de escutarmos um excerto do Sermão de Santo António aos Peixes, lido do púlpito, voluntariamente, por um dos alunos da turma, obrigada R C!, sobre os peixes roncadores, tão mas tão atual, foi tempo de passarmos ao Museu de Arte Sacra, anexo à Igreja de S. Domingos, para observarmos as características do barroco na pintura e na escultura - os contrastes luz/sombra, de novo o excesso decorativo, a policromia, o movimento ondulante nas vestes, nos cabelos...
E eis que a aula se assemelha a "Uma aventura na Igreja de S. Domingos" já que os alunos acedem à Igreja de S. Gonçalo através de uma passagem feita por uma varanda que liga diretamente este espaço, agora museu, à Torre Sineira de S. Gonçalo e daí ao coro alto da dita igreja, igualmente barroca por excelência... que entusiasmo...
E logo entram em ação os professores de Educação Musical, Margarida Assis e Paulo Silva. Primeiro, escutámos o som exuberante e forte do belíssimo órgão de tubos, já integralmente restaurado, da Igreja de S. Gonçalo. Depois foi tempo de escutarmos três peças barrocas, de três compositores e músicos alemães, dos séculos XVII/XVIII, a primeira de Geog Philipp Telemann, a segunda de Georg Friedrich Haendel e a terceira de Johann Sebastian Bach. A professora Margarida Assis ao piano, os alunos nas flautas de bisel comandados pela batuta do professor Paulo Silva, primeiro talvez um pouco intimidados pela monumentalidade do espaço, depois já mais poderosos e fortes, os sons saídos de tanta flauta. Os meus parabéns a todos pela coragem!
A manhã fechou com chave de ouro, já romântica, com a professora Margarida Assis ao piano, a tocar o Avé Maria de Schubert, acompanhando um Paulo Silva que, por certo, fez parar todo o movimento do Largo de S. Gonçalo com a sua belíssima voz! Até os alunos estavam encantados...
Que beleza de aula conseguimos a tantas mãos. De aula ou de aulas... que acho que foram várias... de História, de Educação Musical, de Formação Cívica, de Património local... eu sei lá... de vivência num espaço que é nosso e que temos de aprender a valorizar.

Nota final - Por último quero deixar os meus agradecimentos sentidos a todos quantos colaboraram para que esta aula passasse da teoria à prática... e por certo ainda postarei sobre tão importante assunto...
E não posso deixar de agradecer ao João Duro que, para além de fotografar toda a aula, a registou em imagens vídeo que serão posteriormente trabalhadas pelo professor Antero Pereira.
Darei novas...

Anabela Magalhães

domingo, 10 de março de 2013

História em Movimento - Aula "O Barroco"

Altar-Mor - Igreja de S. Domingos - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
História em Movimento - Aula "O Barroco"

É certo que este blogue tem andado um pouco ao abandono... porque enquanto se canta, não se assobia, porque no Clube de História da EB 2/3 de Amarante os sócios, alunos de 8º e de 2º ano dos Cursos de Educação e Formação, têm dado continuidade aos seus trabalhos pedagógicos, para além de já termos visionado filmes de época e um documentário sobre o Renascimento e porque nem sempre temos Internet... e assim vai voando o tempo e eis que estamos a iniciar a última semana de aulas do 2º período, semana que será deveras especial.
A conceção da aula de 8º ano relativa ao Barroco, a ser lecionada durante a próxima semana na Igreja de S. Domingos, pequena jóia barroca desconhecida de tantos e tantos amarantinos, está latente na minha cabeça desde que as obras de conservação e restauro deste espaço foram concluídas, o que aconteceu no ano de 2012, estava eu ocupada com os sétimos anos de escolaridade mas já a pensar em aulas diferentes e únicas a proporcionar aos meus alunos de 8º e, assim sendo, foi ainda durante o ano letivo anterior que desafiei o meu antigo Delegado de História da ESA, Miguel Moreira, agora aposentado, a leccionar ele próprio, numa envolvente barroca, esta aula tão especial. Escusado será dizer que a concordância foi imediata. Agradecida, Miguel! Depois foi só sondar o João Curvelo Sardoeira para a possibilidade de abertura do espaço às horas que eu pretendia, exatamente os blocos de 90 minutos, ora de manhã, ora de tarde, segundo o horário que me foi atribuído no início do ano letivo, estapafúrdio para um espaço que só abre no período da tarde. E a concordância foi igualmente imediata... logo veríamos a melhor maneira de dar cumprimento ao estipulado. Agradecida, João!
Durante as reuniões de avaliação do 1º período dei conta deste meu projeto de aula, que dá resposta plena aos objetivos do meu projeto História em Movimento, aos meus pares presentes nos conselhos de turma de 8º ano de que faço parte integrante e eis que a Margarida Assis se entusiasma e me propõe uma parceria entre a História e a Música. E se os miúdos ensaiassem uma peça barroca que fecharia com chave de ouro a aula a este estilo dedicada... na arquitetura, na pintura, na escultura... mas também na música? Agarrei a sugestão com unhas e dentes, a Margarida Assis contagiou o Paulo Santos Silva, que igualmente leciona Educação Musical na EB 2/3 de Amarante... agradeço-vos muito, companheiros!... e eis que na próxima semana teremos três aulas sobre o Barroco, em três dias diferentes, orientadas pelo professor Miguel Moreira, que se iniciarão na Igreja de S. Domingos ou Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos, continuarão no Museu de Arte Sacra anexo, de onde passaremos, via Torre de S. Gonçalo, para o coro alto desta mesma igreja de S. Gonçalo e de onde os miúdos executarão uma peça barroca em flauta, que andam a ensaiar, todos entusiasmados, faz tempo!, acompanhados pela professora Margarida Assis que, do fabuloso órgão de tubos completamente restaurado da magnífica Igreja de S. Gonçalo, fará soltar os sons belíssimos de um instrumento barroco por excelência.
Será, por certo, uma aula que ficará para sempre na memória de todos e que eu não posso deixar de agradecer, mais uma vez, a todos os intervenientes, e agora especialmente ao senhor Padre Manuel, pároco de S. Gonçalo e responsável máximo por todos estes espaços que percorreremos, respeitosamente, durante a próxima semana, e que, ao inteirar-se deste projeto, o acolheu com entusiasmo e sem hesitações.
Muito agradecida a todos. Assim vejo a Escola... uma Escola que se move, que dá as mãos em trabalhos feitos a múltiplas mãos que tocam, uma Escola que extravasa as quatro paredes físicas da sala de aula, que proporciona aulas diferentes, em espaços diferentes, lecionadas por pessoas diferentes em colaborações estimulantes para todos.

Darei novas em breve...

quarta-feira, 6 de março de 2013

Clube de História - Ponto de Situação

Clube de História - Ponto de Situação

Desde o início do Clube de História, em novembro de 2012, realizamos diversos trabalhos pedagógicos, alguns dos quais brevemente estarão concluídos.
Durante o 1ºPeríodo visionamos um documentário intitulado "O Renascimento" da série História Geral da Arte que nos serviu de apoio às nossas aulas sobre o Renascimento.
Já no 2ºPeríodo demos continuidade aos trabalhos pedagógicos que apoiarão as aulas de História do 3º Ciclo e visionamos dois filmes relacionados com as matérias lecionadas no 8º Ano e que foram "A Missão" e "Rapariga com brinco de pérola".
Visto que este período está quase a terminar daremos mais notícias do Clube História em Movimento em breve.

Pedro Esteves e Carlos Andrade

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

1ª Sessão Clube de História - Ano Letivo 2012/2013

1ª Sessão Clube de História - Ano Letivo 2012/2013

Hoje, dia 31 de outubro de 2012, dia de halloween, iniciamos a nova temporada de funcionamento da série "História em Movimento". O clube está aberto a todos os alunos da EB 2/3 de Amarante, interessados em História e funcionará todas as quartas feiras das 16:50h às 18:20h.

Por agora somos oito elementos das turmas 5ºA, 8ºC e CEF-2ºB.

Pretende-se desenvolver os interesses e as capacidades dos alunos nomeadamente no que diz respeito à História, à língua portuguesa e às TIC e, nesse sentido, o clube proporciona aos seus sócios/alunos visitas de estudo guiadas por especialistas a monumentos e museus da nossa região, exposições sobre a História local, acesso ao centro de recursos da sala de História, palestras sobre figuras locais eminentes e a possibilidade de construção deste blogue.

Gostaríamos de contar com a presença de mais alunos que ficam desde já convidados a participar neste projeto, neste clube que nós consideramos muito interessante de tal forma que alguns de nós estão presentes pela 2ª e 3ª vez.

Postagem realizada por:

Pedro Esteves-8ºC; Diogo Pereira-8ºC; José Macedo-8ºC; Cassandra Flores-2ºB; Cátia Lamelas-2ºB; Rui Ribeiro-2ºB; Beatriz Lamelas-5ºA

Nota - Este texto foi elaborado no passado dia 31 de outubro de 2012, no Clube de História, mas não tivemos Internet para proceder à sua publicação na hora...

Anabela Magalhães

quarta-feira, 16 de maio de 2012

História em Movimento - Cartaz

Cartaz - História em Movimento
Fotografia de Anabela Magalhães

História em Movimento - Cartaz

No dia 14 de março de 2012 foi organizada uma exposição na biblioteca Maria Eulália Macedo que esteve aberta a toda a comunidade educativa até ao dia 21 do mesmo mês, no âmbito do Projeto História em Movimento, sobre postais antigos de Amarante, da coleção do Dr. Pedro Barros Pereira.
Este maravilhoso cartaz que estamos a ver na fotografia, e que ilustra este post, foi realizado pelo Professor de Educação Visual, Antero Pereira, pai de um colega nosso, José Pereira, contou com a colaboração dos seus alunos e esteve exposto na entrada do pavilhão central da nossa querida escola E.B. 2/3 de Amarante apelando à visita de todos à referida exposição.
Gostaríamos de deixar um agradecimento a todas as pessoas que contribuíram para que esta atividade fosse realizada e nós ficássemos mais enriquecidos e cultos.
Adoramos a atividade.

Post realizado por:

André Mendes
Diogo Vaz
Pedro Fins
Simão Silva

sexta-feira, 11 de maio de 2012

O Projecto História em Movimento no Abelhudo





O Projecto História em Movimento no Abelhudo

Durante o ano letivo de 2011/2012, o Jornal Escolar do Nosso Agrupamento, apropriadamente chamado "O Abelhudo", saiu uma única vez, um número apenas quando em anos anteriores se produziram e imprimiram três números, um por período, situação que reflete, sem dúvida, o ano de crise e de contenção profunda que todos nós continuamos a vivenciar/experimentar. Sem o eliminarmos de todo, pareceu-me bem a opção feita de apenas um número que procurasse registar, com limitações, é certo, as atividades de um Agrupamento vivo e bem vivo como é o nosso.
O Projeto "História em Movimento" teve algum destaque, nomeadamente o Clube de História que o integra, em artigos que eu própria escrevi aqui no blogue e que, depois de adaptados, refletiram algumas das atividades proporcionadas pelo Clube a todos os seus sócios, neste ano letivo já quase findo.
O caminho faz-se de passos firmes, seguros, pensados e que visam um fim... mas, entretanto, o percurso é um gozo.
Apreciemos, pois, o caminho que se faz caminhando... caminhando... caminhando... permanentemente em movimento... porque o imobilismo não condiz com a nossa condição.

Por último resta-me destacar o trabalho imenso de dois professores que integram o Plano Tecnológico da Escola e que dão vida a este Jornal: Gabriel Vilas Boas e Antero Pereira.

Anabela Magalhães