sábado, 5 de dezembro de 2015

4ª Sessão do Clube de História - Visita de Estudo ao CIMMA


Visita de Estudo ao CIMMA - Clube História em Movimento
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

4ª Sessão do Clube de História - Visita de Estudo ao CIMMA

Ontem, aos últimos 100 minutos do período letivo da tarde, deslocamo-nos ao CIMMA - Centro Interpretativo de Memórias da Misericórdia de Amarante - para uma visita de estudo previamente combinada e agendada no facebook... sim, o facebook é também espetacular para agilizar o trabalho!, com a drª Ana Patrícia Antunes Ferreira, técnica superior de conservação e restauro da Signinum, Gestão de Património Cultural, técnica e empresa já nossas "velhas" conhecidas da intervenção realizada na Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos, mais conhecida entre nós pelo nome de Igreja de S. Domingos.
Ontem, sócios do Clube História em Movimento, e eu própria, tratadora do dito Clube, tivemos oportunidade de ver pela primeira vez este espaço museológico pertencente à Misericórdia de Amarante, instituição presente aqui na terra desde, pelo menos!, 1529, e que está aberto ao público desde finais de setembro, de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h.
Sempre guiados, visitámos a Sala Multimédia, a Sala dos Artefactos da Paixão, a zona de circulação, atenção ao exemplar raro dos Lusíadas!, a Sala da Memória. E depois foi tempo de escutarmos as técnicas da Signinum que nos sensibilizaram a todos para os vários materiais utilizados para a feitura das capas dos livros preciosos que constitui parte do acervo deste Centro Interpretativo, a forma de os cozer, os diferentes papeis utilizados, as marcas de água, a impressão, os livros manuscritos... a bicharada que ataca forte e feio a celulose dos livros... e ainda de vermos como é possível através de aparelhos especiais ver para além do aparente, perscrutar o oculto que foi "apagado" da memória o mais das vezes propositadamente.
Os sócios do Clube portaram-se que foi um primor. Eram vinte e quatro e estiveram sempre atentos, seguindo com o máximo de cuidado as explicações que nos foram gentilmente transmitidas.
A todos quantos hoje nos proporcionaram esta maravilhosa visita ao Património Local Amarantino, o nosso obrigada. Ontem mergulhámos na História desta nossa terra. E gostamos tanto que repetiremos.

Anabela Magalhães

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Oficina de Arqueologia Experimental do Paleolítico

Oficina de Arqueologia Experimental do Paleolítico
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Oficina de Arqueologia Experimental do Paleolítico

A oficina, inscrita no Plano Anual de Actividades do Agrupamento de Escolas de Amarante, e dirigida a todas as turmas do 7º ano de escolaridade que frequentam o referido Agrupamento, decorreu no passado dia 23 e 24 de Novembro e foi, como sempre, um êxito.
Assisti, como não podia deixar de ser, à Oficina de Arqueologia Experimental do Paleolítico dirigida aos meus alunos de 7º ano e, todos juntos, embarcámos numa maravilhosa viagem, conduzidos pelo nosso cicerone, o arqueólogo dr. Jorge Sampaio, do Parque Arqueológico do Côa, que, para além de especialista nestas andanças, é também um velho amigo deste Agrupamento, meu amigo em particular.
A viagem levou-nos à fase final do Paleolítico Superior para acompanharmos a luta pela sobrevivência de um pequeno grupo de caçadores-recoletores. E a recriação desta história desenrolou-se à volta da fundamental arte da caça e da realização das armas necessárias para esta perigosa atividade, nomeadamente de uma azagaia que exigia o talhamento do quartzito e do quartzo, os tipos de rocha de longe mais utilizados pelas populações ancestrais que um dia habitaram a região do Côa, mas de propriedades não tão espetaculares como o magnífico sílex, de dureza, durabilidade e eficácia incomparavelmente superiores e que também foi utilizado, muito embora só marginalmente pelas populações do Côa, já que apenas cerca de 1% dos instrumentos líticos aí encontrados são em sílex; exigia também o afeiçoamento de um pau comprido e fino que servisse de suporte à ponta de lança e ainda a feitura de corda a partir de crinas de cavalos, de tendões ou de peles de animais, de raízes, de cascas de árvore, de tripas de animais e que, por incrível que pareça, davam cordas super resistentes testadas com toda a força pelos alunos; e passámos à feitura da cola a partir de uma mistura de resina e hematite triturada que, sob acção do fogo, misturaram-se e deram origem a uma supercola muito ecológica e reversível, para além de muito eficaz. Por fim, a azagáia necessitava apenas dos estabilizadores, penas de pássaros, pois então!, que permitiam à arma planar em linha reta, eficazmente em direção ao alvo.
Sempre guiados pela mão do nosso magnífico cicerone, o arqueólogo dr. Jorge Sampaio, foi tempo de passarmos ao fabrico do fogo através dos dois métodos usados em tempos paleolíticos - por choque ou percussão de duas pedras e ainda por fricção, usando dois pedaços de madeira de diferentes durezas, a mais macia a que fica fixa e a mais dura a que gira rapidamente sobre a outra - e de falarmos do uso do fogo em fogueiras, nalguns casos enormes, de dois ou três metros de diâmetro, que serviam de grelhadores gigantes. Entretanto os alunos olhavam espantados para a água a ferver à conta de pedras muito quentes deitadas dentro da água guardada numa "panela" de pele... sim, era possível fazer um chá paleolítico... quem diria!
E o dr Jorge Sampaio abordou a arte - como se conseguiam os pigmentos de cor na Natureza para a fabrico das tintas, como se faziam os pincéis, como se pintavam, através de um aerógrafo primitivo, as mãos em negativo nas paredes das grutas, cavernas, abrigos... e nada melhor do que exemplificar... agora, no século XXI, sobre uma folha branca de papel e foi assim que todos os alunos tiveram direito à sua mão pintada em negativo que ficará arquivada no Portefólio de História
Tal como já escrevi num outro post sobre a mesma temática - Dever cumprido! A História quer-se coisa entusiasmante e esta aula, tenho a certeza!, foi entusiasmante.

Obrigada, dr. Jorge Sampaio! Pela ajuda inestimável, pelo entusiasmo, pelo contributo ímpar e pela clareza da aula, tão do agrado de todos os presentes.

Nota - Peço desculpa pelo atraso com que saiu esta postagem... mas a verdade é que o trabalho tem sido descomunal.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

3ª Sessão do Clube História em Movimento

3ª Sessão do Clube História em Movimento
Fotografias de Rui Jorge Monteiro

3ª Sessão do Clube História em Movimento

Esta sessão decorreu no passado dia 20 de Novembro e estivemos todos tão ocupados que nem houve tempo para fazer um pequeno post sobre as atividades que nos entusiasmaram a todos.
O Agrupamento de Escolas de Amarante, com a recriação de um "Mercado Nazareno", irá colaborar na dinamização do projecto "Amarante Cidade Presépio" que decorrerá de 19 a 24 de dezembro e nós, no Clube História em Movimento, não estamos parados e estamos já a preparar materiais que disponibilizaremos em bancas que ficarão no Claustro da Igreja de S. Gonçalo.
Quando todos querem ajudar... o trabalho rende rende... e sim, meninos e meninas, bem que podíamos ter filmado um tutorial para o Youtube à conta destas coroas natalícias que ficarão na História deste Clube de História.
E assim, deste modo, os sócios deste clube dão o seu contributo para uma atividade que movimentará especialmente os alunos do 9º ano de escolaridade e os sócios do Clube da Horta e da Floresta da EB 2/3 de Amarante.

Anabela Magalhães

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

2ª Sessão do Clube História em Movimento


História em Movimento - EB 2/3 de Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

2ª Sessão do Clube "História em Movimento"


Nesta 2ª sessão do Clube de História, tratamos de prestar um serviço à comunidade escolar, ajudando as assistentes operacionais na arrumação e organização dos armários das Salas de Aulas do Pavilhão 4. Tratamos ainda de proceder à identificação dos alunos que vão frequentar o melhor clube de História à face da Terra. 

Estamos orgulhosos de informar que os seguintes alunos frequentarão o clube durante este ano letivo:

- Miguel Freitas nº17 9ºB
- Diogo Moura nº 7 9ºB
- Eduardo Paiva nº9 9ºB
- Luís Teixeira nº19 7ºB
- João Costa nº12 9ºB
- Bruno Mesquita nº 3 8ºA 
- Fábio Queirós nº 9 7ºB
- Beatriz Barbosa nº 2 7ºB
- Ana Ribeiro nº1 7ºB
- Miguel Coelho nº 21 7ºB
- Diogo Alves nº 6 7ºB
- Paulo Santos nº 22 7ºB
- Íris Ribeiro nº14 7ºB
- Francisco Ribeiro nº 11 7ºB
- Francisco Lopes nº 12 7ºB
- Luana Lopes nº 15 9ºB
- Inês Costa nº 10 9ºB
- Mélissa Guedes nº 16 9ºB
- Adriana Ribeiro nº1 9ºB
- Rui Monteiro nº 18 9ºB

E claro, não podemos esquecer de agradecer à ilustre professora Anabela Matias de Magalhães por se disponibilizar para coordenar o nosso clube de História, que não seria o mesmo sem a professora!

Postagem por:
-Miguel Freitas
-Rui Monteiro
-Diogo Moura

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Novas do Clube História em Movimento



Correria - Cena de Caça - Akakus - Líbia
Imagem de marca do Projecto História em Movimento
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Novas do Clube História em Movimento

Um novo ano, um novo começo. O melhor Clube de História do Universo está de volta para celebrar mais uma vez esta ciência que estuda a vida do Homem ao longo do tempo.
Nesta primeira sessão fez-se unicamente uma breve apresentação dos objetivos deste clube, que podem ser visualizados aqui, e que funcionará todas as sextas-feiras, aos últimos cem minutos do dia, encerrando, assim, uma semana de intenso trabalho.
Por agora somos... dezoito? Mas, provavelmente, seremos mais...
Hoje tratamos dos objetivos inerentes à existência da Sala de História. Trataremos de muitos outros assuntos ao longo deste ano letivo.

Miguel Freitas e Rui Jorge
Texto revisto por Anabela Magalhães

E pronto, o pontapé de saída do Clube História em Movimento está dado com este post neste blogue! Daremos novas desta vertente do nosso trabalho pela EB 2/3 de Amarante ao longo deste ano letivo.

Nota - Este texto foi inicialmente publicado no blogue "História em Movimento".

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante - 8ºA

Reconstituição do percurso das Invasões Francesas - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante - 8ºA

A primeira visita de estudo do dia, destinada aos meus alunos do 8ºA, decorreu hoje a partir das 10 horas e teve o seu início nas ruínas de um edifício emblemático para a cidade de Amarante, marco da destruição gratuita causada pelas invasoras tropas napoleónicas e que é o Solar dos Magalhães, em Santa Luzia.
A visita decorreu num clima ameno, afável e descontraído e foi pretexto importante para tirar os alunos da Sala de História fazendo-os percorrer a calçada do nosso centro histórico, hoje visto de uma outra forma, hoje sob a orientação da sempre magnífica Drª Cláudia Cerqueira.
As tropas que passaram por aqui integravam a segunda invasão francesa, comandada por Soult. Vindas do Marco de Canaveses, chegaram a Amarante pela Burgada e entraram na "Villa" por Santa Luzia, onde se deram os primeiros confrontos.
De 18 de abril a 2 de maio de 1809, os amarantinos e as tropas encarregues da defesa da Ponte Velha com ingleses à mistura, comandados por um oficial do Exército Português natural de Peso da Régua, o General Silveira, resistiram como puderam às investidas dos inimigos que, por certo enfurecidos pelo contratempo, acabaram por incendiar grande parte da Villa e passar para a margem esquerda do Tâmega.
Não vos canso mais. Só quero reforçar mais uma vez que a nossa resistência foi valorosa e que a pagamos caro em destruições arbitrárias, roubos, mortos e feridos.... sei lá se de alguns dos nossos antepassados para quem os tem amarantinos de gema, e que as cicatrizes ainda se notam e estão bem visíveis no coração da nossa agora cidade de Amarante.
A visita foi proveitosa, o São Pedro deu-nos uma ajudinha e todos a terminamos com a satisfação de um dever excelentemente cumprido... é que só se ama o que se conhece... não é assim, Alunos Meus?

Resta-me agradecer, e muito!, a proveitosa parceria estabelecida entre a EB 2/3 de Amarante no âmbito do Projecto História em Movimento e o Museu Amadeo de Souza-Cardoso nesta visita representado por uma cativante, no dizer de um aluno, Drª Cláudia Cerqueira.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Centro de Recursos da sala de História


Centro de Recursos da Sala de História
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Centro de Recursos da Sala de História

O Centro de Recursos da Sala de História da EB 2/3 de Amarante vai-se enriquecendo, paulatinamente, ano após ano, com trabalhos realizados pelos alunos, que contribuem sempre de forma empenhada e entusiasmada para um centro de recursos que eles sentem como deles, pelo resultado do trabalho colaborativo entre esta professora de História e o professor de Educação Visual, obrigada por tudo, Antero Pereira!, e ainda pelas pequenas aquisições que vou fazendo em museus nacionais e estrangeiros.
Cabe-nos a nós, frequentadores do Clube de História, a sua organização, manutenção e arranjo e foi isso mesmo que, um dia destes, estivemos a fazer durante uma sessão deste clube, este ano com poucos sócios devido à incompatibilidade de horários.
Mas atenção, somos poucos mas continuámos a produzir a todo o vapor e é nossa intenção organizar uma exposição, no final do ano lectivo, dirigida a toda a comunidade escolar, para que esta se inteire do muito que já alteramos, produzimos e elaboramos dentro de um espaço que já esteve degradado mas que hoje brilha a bom brilhar fruto do asseio e cuidado posto na sua apresentação/organização.
Daremos novas.

Anabela Magalhães

Nota - Parte do historial deste centro de Recursos da Sala de História pode ser lido aqui.



quarta-feira, 18 de março de 2015

A visita de Estudo a S. Gonçalo Vista pelos Alunos do 8ºD

Barroco - Visita de Estudo a S. Gonçalo
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
A visita de Estudo a S. Gonçalo Vista pelos Alunos do 8ºD
Visita de Estudo
Na segunda-feira, nós os alunos do 8ºD, a doutora Cláudia Cerqueira, técnica superior do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, a nossa querida professora de história, Anabela Magalhães, e o nosso querido professor de música, Paulo Silva, fomos até à igreja de São Gonçalo, onde vimos a arte barroca.
A arte barroca foi muito apreciada no nosso país, tendo tido um grande desenvolvimento no reinado de D. João V (1706-1750).
A arte barroca caracteriza-se por gosto pelo movimento, horror ao vazio, procura de ilusões de ótica e paixão pelo excesso.

A igreja de S.Gonçalo ostenta no seu interior uma decoração feita de talha dourada, possibilitada pela chegada abundante de ouro do Brasil, e que é exuberante, luxuosa, luminosa, excessiva, rica, cheia e plena de curvas.
Eu adorei esta visita de estudo. 
Luís Manuel Pinto Costa, Turma 8ºD, nº 15