Reconstituição do Percurso das Invasões Franceses em Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Hoje voltamos ao centro histórico de Amarante para fazermos a reconstituição do percurso das invasões francesas aqui no burgo, acompanhando a drª Teresa Paiva, técnica superior do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, entidade com quem, previamente, agendamos a visita de hoje, a primeira de três e que hoje contemplou o meu 8ºB. Será a última saída da escolinha, proporcionada por um acontecimento relevante passado em 1809 e que durou de 18 de abril, data da chegada das tropas francesas à vila de Amarante, a 2 de maio, data da transposição, pelas tropas napoleónicas, da Ponte de Amarante sobre o nosso amado Tâmega.
O tempo ajudou, só choveu durante a noite, e lá fomos nós brindados com tempo frio mas com algumas réstias de sol espreitando de quando em vez por entre as nuvens.
As tropas napoleónicas atacaram Amarante aquando da 2ª Invasão Francesa, comandada pelo marechal Soult que, entrando por Chaves, se dirigiram ao Porto que foi tomado e ocupado e onde se deu o desastroso episódio da Ponte das Barcas, em 29 de março de 1809 onde morreram muitos milhares de portugueses.
As tropas portuguesas que fizeram a heróica defesa de Amarante e defenderam com unhas e dentes a ponte foram ajudadas por militares ingleses e eram compostas por militares, população civil e até eclesiásticos e foi a este "exército", coordenado pelo General Silveira, que coube a difícil tarefa de enfrentar tropas muito mais numerosas e melhor apetrechadas, comandadas pelos generais Loison e Delaborde.
O exército napoleónico chegou vindo da Burgada, entrou em Santa Luzia no dia 18 de Abril e as escaramuças começaram logo ali, pelas imediações do Solar dos Magalhães, uma ruína desde então e hoje aberto propositadamente para nós, com os invasores a provocarem o sucessivo recuo dos resistentes portugueses ajudados pelo valoroso coronel Patrick que acabou ferido mortalmente. No dia 21 de Abril as tropas francesas desalojaram os portugueses do Convento de S. Gonçalo e estes refugiaram-se na margem esquerda do Tâmega, nomeadamente no Calvário de onde avistavam e controlavam as tropas inimigas que tentaram, por vários meios, até através da construção de uma ponte de cavaletes, passar a rio, sempre sem êxito até ao dia 2 de Maio.
O resto da história terá de ficar para depois, para próximo post que acompanhará a minha próxima investida à cidade acompanhada do meu 8ºC.
De referir que a visita englobou a passagem pela sacristia da Igreja de S. Gonçalo tendo acabado no museu onde nos esperava uma maqueta da vila de Amarante ao tempo das invasões que despertou o interesse de todos com os alunos que colocaram várias questões sobre uma Amarante que só em parte subsiste.
De notar que esta visita de estudo ficou ligeiramente prejudicada devido a uma matilha de cães vadios que circula já há tempos livremente pela cidade, já os tenho visto em S. Gonçalo, e que hoje se concentrava nas imediações do Solar dos Magalhães... acompanhando-nos com latidos e agitação variada o que provocou, por sua vez, alguma agitação nos alunos. Voltamos a encontrar alguns dos ditos cães perto da Igreja de S. Domingos onde um aluno quase sofria um ataque de uma fera... eheheh... felizmente minúscula...
Anabela Magalhães
bom travalho
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