Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
A reconstituição do percurso das invasões francesas em Amarante, com o meu 8ºC, ocorreu ontem à tarde num ambiente de grande descontração e alegria. O tempo ajudou, nem pinga de chuva apanhámos e lá fomos, alunos do 8ºC, professora Lúcia Carvalho que quis integrar a visita e eu própria, sempre a pé... pelo caminho ainda se juntaram dois meus ex-alunos do agora 8ºF que, solicitando autorização para nos acompanharem a obtiveram de imediato uma vez que não tinham aulas, e lá fomos, até ao ponto de encontro onde já nos esperava a Drª Cláudia Cerqueira, nossa guia por cerca hora e meia e a professora Helena Ferreira, da nossa EB 2/3 de Amarante, que nos acompanharia durante todo o percurso.
Iniciámos a reconstituição no Solar dos Magalhães, símbolo maior da destruição provocada pelos franceses em Amarante, que, apesar de ter estado aberto durante um breve período no Natal passado, permanecia completamente desconhecido para a esmagadora maioria dos alunos, estou a referir-me ao seu interior... bem entendido... porque relativamente ao exterior... quem não conhece a ruína do edifício situado em Santa Luzia? Pois! Ninguém!
E prosseguimos pelo Seixedo, rua dr Miguel Pinto Martins, Miguel Bombarda, Largo de S. Pedro, Teixeira de Vasconcelos, Largo de Santa Clara, Peitoril, Largo de S. Gonçalo com visita à sacristia da Igreja de S. Gonçalo, sim, aquela sacristia onde está o Santo da Corda, o Casamenteiro das Velhas e onde, ainda hoje, podemos observar, apesar do restauro, as malfeitorias e destruições cometidas pelas tropas napoleónicas sobre as enormes pinturas a óleo aí existentes. Evidentemente, o percurso foi feito de paragens estratégicas para observação dos estragos ainda hoje visíveis no centro histórico, nas ruínas que perduraram até hoje, caso do Solar dos Magalhães e Igreja anexa à atual biblioteca municipal, outrora parte integrante do Convento de Santa Clara, de freiras clarissas retiradas para o Porto antes que as tropas francesas se aproximassem demasiado da vila, nas ruínas que perduraram até aos anos 90 e agora estão um brinquinho, caso da casa... quem me ajuda com o nome? que só me lembro da Casa da Portela, ao lado, nas paredes da Igreja do Convento de S. Gonçalo, cheio de testemunhos da artilharia disparada de um e de outro lado.
A visita terminou no espaço do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, numa sala arranjada expressamente para estas visitas guiadas que alberga agora uma vitrine com cinco peças da época, entre peças de balística e fardamento e ainda a maravilhosa e enorme maqueta da vila de Amarante à época das invasões, sim a rua Cândido dos Reis não existia ainda pois só foi aberta aquando da reconstrução da vila tão destruída e maltratada pelos franceses.
Agradeço o apoio das professoras Lúcia Carvalho e Helena Ferreira que nos acompanharam durante todo o percurso, rua acima, rua abaixo... que Amarante é assim mesmo.
À drª. Cláudia Cerqueira agradeço o profissionalismo de sempre feito de explicações animadas que a todos nos agradaram e entusiasmaram e que foram provocando salvas de palmas por entre os alunos... não sei se a Drª Cláudia algum dia foi tão aplaudida... eheheh... e nos deixaram, frequentemente, de gargalhada solta a ecoar pelas ruas estreitas e íngremes... numa Amarante antiga e bela... que resiste... ela e nós, amarantinos...
E como estamos a precisar de gargalhar...
Anabela Magalhães
Gostei muito desta visita
ResponderEliminarFico contente, Diogo! Beijinhos!
ResponderEliminarAnabela Magalhães