quarta-feira, 11 de abril de 2018

Visita de Estudo - O Barroco em S. Gonçalo e S. Domingos - 8.º A


Visita de Estudo - O Barroco em S. Gonçalo e S. Domingos
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Visita de Estudo - O Barroco em S. Gonçalo e S. Domingos - 8.º A

A visita de estudo que levou os meus alunos do 8.º A ao centro histórico de Amarante, mais concretamente aos belos edifícios da Igreja de S. Gonçalo e da Igreja de S. Domingos, decorreu ontem, logo pela manhã e, felizmente, dentro da maior normalidade.
O ponto de encontro era o Museu Amadeo de Souza-Cardoso e logo de seguida, acompanhados pelo nosso guia Dr. Daniel Ribeiro, deslocamo-nos para o exterior da Igreja de S. Gonçalo onde falamos sobre o enquadramento político, religioso, económico e social da época barroca, as suas características gerais e o barroco em S. Gonçalo, a surgir num contexto de época em que o gosto pelo excessivo, pelo bizarro, pelo complicado, pelo profuso, pelo movimento, pelo dramático e pelo horror ao vazio estão sempre presentes, neste estilo que derreteu recursos nacionais, quantas vezes mais ou menos escassos, recursos estes que, nomeadamente em Portugal, faltaram ao desenvolvimento de todo um país.
Claro que os alunos puderam entrar no templo religioso, fotografar, filmar, e agora aguardarei as reflexões que todos farão e colocarão nos seus portefólios digitais. 
Excelente visita! Excelente "aula", ontem com sala muito especial e com professor igualmente muito especial... para que os alunos possam variar para além do meu registo porque a diversidade trás riqueza.
E seguimos para S. Domingos, a dois passos dali, numa primeira parte ainda sob orientação do Dr. Daniel Ribeiro e numa segunda parte já sob orientação do Sr. João Curvelo Sardoeira que enquadrou esta pequena jóia barroca que temos a sorte de possuir e que tantos alunos desconhecem.
A turma que ontem a visitou era uma turma "da cidade"... pois não é que a esmagadora maioria dos alunos nunca tinha entrado no referido templo?!
Por último, tivemos um cheirinho de Museu de Arte Sacra Luís Coutinho, um Amigo este seu fundador, que é contíguo à referida igreja e que também era desconhecido para a maioria dos alunos desta turma.
Como podemos amar o que desconhecemos? Como nos podemos dar ao luxo de desconhecer o que nos envolve? Ora, a Escola tem aqui um importantíssimo papel a desempenhar. E eu, enquanto Professora, não abdico dele.
Vá lá, Alunos Meus! Um, dois, três... respirem História!

Só me resta agradecer a colaboração prestada pelo Museu Amadeo de Souza-Cardoso, na pessoa do Dr. Daniel Ribeiro, e da Paróquia de S. Gonçalo, na pessoa do Sr. João Curvelo Sardoeira, já que, sem eles, esta aula especial, que penso terá sido do agrado de todos os alunos, não teria sido possível.
As instituições ganham pela abertura, pelo enlaçamento. Se se fecham sobre si próprias, trilham o caminho do empobrecimento.

Anabela Magalhães

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