quinta-feira, 9 de maio de 2013

Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante - 8ºD

Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante - 8ºD
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante - 8ºD

Ontem acabámos em beleza estes percursos que nos aproximaram da história local e que nos aproximaram de uma cidade muito especial para todos nós amarantinos.
A visita fez-se do mesmo percurso seguido pelas tropas napoleónicas e já amplamente relatado neste blogue pelo que não me deterei sobre a descrição do mesmo.
Ontem voltámos à companhia da Drª Teresa Paiva que soube cativar e prender a atenção aos miúdos... desta vez sem cães à solta pela cidade... à vista... e que contextualizou os confrontos aqui na urbe, no início do século XIX, mais concretamente durante catorze dias, do dia 18 de abril ao dia 2 de maio, dia em que os franceses, recorrendo a um estratagema concebido pelo capitão Bouchard e a coberto de um espesso nevoeiro que se levantou durante a noite, colocaram quatro barris de pólvora na Ponte de S. Gonçalo, também conhecida entre nós por Ponte Velha, que fizeram rebentar com grande estrondo provocando a confusão entre os heróicos resistentes que os travaram por aqui tantos dias e tantos dias, sofrendo a sua impiedosa fúria manifestada em destruições gratuitas, saques, incêndios generalizados que deixaram a vila a ferro e fogo.
De referir que esta visita foi feita de estreias. Para todos os alunos sem excepção foi uma estreia a visita ao interior do Solar dos Magalhães e para quase todos outra estreia a ida ao Museu Amadeo de Souza-Cardoso... não se preocupem alunos meus, fica já contratualizada a ida no próximo ano para observarmos a pintura do nosso querido Amadeo de Souza-Cardoso...

Agradecida, Drª Teresa Paiva, pela simpatia, profissionalismo e doçura do acompanhamento.

Anabela Magalhães

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante - 8ºC

Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante - 8ºC

A reconstituição do percurso das invasões francesas em Amarante, com o meu 8ºC, ocorreu ontem à tarde num ambiente de grande descontração e alegria. O tempo ajudou, nem pinga de chuva apanhámos e lá fomos, alunos do 8ºC, professora Lúcia Carvalho que quis integrar a visita e eu própria, sempre a pé... pelo caminho ainda se juntaram dois meus ex-alunos do agora 8ºF que, solicitando autorização para nos acompanharem a obtiveram de imediato uma vez que não tinham aulas, e lá fomos, até ao ponto de encontro onde já nos esperava a Drª Cláudia Cerqueira, nossa guia por cerca hora e meia e a professora Helena Ferreira, da nossa EB 2/3 de Amarante, que nos acompanharia durante todo o percurso.
Iniciámos a reconstituição no Solar dos Magalhães, símbolo maior da destruição provocada pelos franceses em Amarante, que, apesar de ter estado aberto durante um breve período no Natal passado, permanecia completamente desconhecido para a esmagadora maioria dos alunos, estou a referir-me ao seu interior... bem entendido... porque relativamente ao exterior... quem não conhece a ruína do edifício situado em Santa Luzia? Pois! Ninguém!
E prosseguimos pelo Seixedo, rua dr Miguel Pinto Martins, Miguel Bombarda, Largo de S. Pedro, Teixeira de Vasconcelos, Largo de Santa Clara, Peitoril, Largo de S. Gonçalo com visita à sacristia da Igreja de S. Gonçalo, sim, aquela sacristia onde está o Santo da Corda, o Casamenteiro das Velhas e onde, ainda hoje, podemos observar, apesar do restauro, as malfeitorias e destruições cometidas pelas tropas napoleónicas sobre as enormes pinturas a óleo aí existentes. Evidentemente, o percurso foi feito de paragens estratégicas para observação dos estragos ainda hoje visíveis no centro histórico, nas ruínas que perduraram até hoje, caso do Solar dos Magalhães e Igreja anexa à atual biblioteca municipal, outrora parte integrante do Convento de Santa Clara, de freiras clarissas retiradas para o Porto antes que as tropas francesas se aproximassem demasiado da vila, nas ruínas que perduraram até aos anos 90 e agora estão um brinquinho, caso da casa... quem me ajuda com o nome? que só me lembro da Casa da Portela, ao lado, nas paredes da Igreja do Convento de S. Gonçalo, cheio de testemunhos da artilharia disparada de um e de outro lado.
A visita terminou no espaço do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, numa sala arranjada expressamente para estas visitas guiadas que alberga agora uma vitrine com cinco peças da época, entre peças de balística e fardamento e ainda a maravilhosa e enorme maqueta da vila de Amarante à época das invasões, sim a rua Cândido dos Reis não existia ainda pois só foi aberta aquando da reconstrução da vila tão destruída e maltratada pelos franceses.

Agradeço o apoio das professoras Lúcia Carvalho e Helena Ferreira que nos acompanharam durante todo o percurso, rua acima, rua abaixo... que Amarante é assim mesmo.

À drª. Cláudia Cerqueira agradeço o profissionalismo de sempre feito de explicações animadas que a todos nos agradaram e entusiasmaram e que foram provocando salvas de palmas por entre os alunos... não sei se a Drª Cláudia algum dia foi tão aplaudida... eheheh...  e nos deixaram, frequentemente, de gargalhada solta a ecoar pelas ruas estreitas e íngremes... numa Amarante antiga e bela... que resiste... ela e nós, amarantinos...
E como estamos a precisar de gargalhar...

Anabela Magalhães